Supressão vegetal nas obras do Contorno é acompanhada de monitoramento de fauna e flora
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Durante a construção de um grande empreendimento, uma nova rodovia, por exemplo, é realizada a investigação do patrimônio histórico de uma região. Para isso, entre os programas ambientais previstos na implantação do Contorno Viário de Florianópolis está o de Monitoramento, Resgate Arqueológico e Educação Patrimonial. Desde março de 2014, o programa, que é autorizado e licenciado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), é realizado nas obras da nova rodovia.
O trabalho é feito em áreas com movimentação de terra, obras de engenharia, bota-fora, aterros, faixa de domínio e em locais considerados de relevância arqueológica. Os locais de monitoramento foram apontados durante o levantamento arqueológico realizado ainda antes do início das obras. A atividade garante que possíveis impactos da obra sobre o meio ambiente sejam evitados.
Na prática
O Monitoramento Arqueológico nada mais é do que um acompanhamento integral das obras de instalação e também a avaliação do potencial arqueológico da região de influência direta e indireta das obras do Contorno. Os arqueólogos de campo são responsáveis por vistoriar previamente as áreas em canteiros de obras para examinar a existência de bens arqueológicos e acompanhar a execução das obras na região do empreendimento.
Até o momento, não foram encontrados sítios arqueológicos durante o monitoramento das obras do Contorno Rodoviário de Florianópolis. No entanto, na etapa anterior às obras – chamada de prospecção arqueológica – foram identificados cinco sítios, sendo um sítio histórico (determinado a partir de vestígios do período colonial ou pós-colonial, como resquícios de construções, por exemplo), denominado Rio Inferninho I (Biguaçu); e os outros sítios líticos (com a evidência de artefatos em pedra e eventualmente materiais cerâmicos, ambos associados ao período pré-colonial e que comprovam a ocupação por povos indígenas que habitavam o local antes da chegada dos colonizadores). Estes últimos foram denominados Santa Terezinha I, Rússia I, Rússia II, localizados em Biguaçu e Aririú I, localizado no município de Palhoça.
Todos os sítios foram resgatados e analisados e o material foi encaminhado para o laboratório de Arqueologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), localizada em Criciúma/SC. De acordo com o arqueólogo Valdir Schwengber, responsável pelo trabalho no Contorno Viário de Florianópolis, o monitoramento arqueológico é fundamental para garantir a preservação do Patrimônio Cultural e promover a difusão do conhecimento gerado através da pesquisa arqueológica.
“Ao realizar o monitoramento arqueológico, o arqueólogo em campo se antecipa a potenciais impactos sobre sítios arqueológicos. O objetivo não é apenas constatar a presença do sítio na área do empreendimento. É identificá-lo, mantendo a sua integridade para a preservação ou para a realização do seu estudo em condições mais próximas possíveis da forma como foi deixado, há milhares de anos”.
Outra parte do trabalho é realizada por meio do levantamento dos dados a partir de pesquisas arqueológicas regionais (histórico das pesquisas, registro de sítios, sínteses regionais, etc.) e de dados coletados em campo.
Educação Patrimonial
Além do trabalho de monitoramento arqueológico, a Educação Patrimonial, uma das etapas do programa, também já está em andamento. O Programa de Educação Patrimonial tem o objetivo de educar para preservar o patrimônio arqueológico, cultural e histórico, fortalecendo as relações das pessoas com suas heranças e bens culturais. Neste caso, o público-alvo são escolas da região de influência do Contorno e também os trabalhadores da obra. Ao longo do ano de 2015, cerca de 900 alunos participaram das ações teóricas e práticas da programação. Foram atividades de arte rupestre, oficinas de cerâmica e palestras com temáticas sobre a ocupação pré-colonial e histórica na região da grande Florianópolis, a pesquisa arqueológica dentro dos processos de Licenciamento ambiental, exemplos de trabalhos e descobertas realizadas, entre outras.
Segundo a coordenadora de Meio Ambiente da Autopista Litoral Sul, Daniela Bussmann, o trabalho junto às escolas promove a conscientização dos estudantes para o reconhecimento e valorização dos remanescentes arqueológicos. “As crianças aprendem mais sobre a história com a investigação de materiais concretos”, explicou a bióloga.
Os professores das escolas da região também foram capacitados. Ao todo, 125 docentes participaram do minicurso: Arqueologia, patrimônio cultural e educação patrimonial.
As atividades de Educação Patrimonial para os trabalhadores do Contorno servem para esclarecer sobre a importância da preservação do patrimônio arqueológico, inclusive capacitando-os para a identificação de vestígios que possam ser encontrados nas frentes de trabalho. Em 2015, 325 trabalhadores participaram das capacitações.
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